domingo, 29 de agosto de 2010

Momentos

Há momentos que o elixir da alegria, simplesmente, evapora da minha vida.
Tento, em vão, recuperá-lo nas palavras, nos poemas, nas fantasias, mas é inútil.

Há momentos que as minhas forças se esvaziam,
Há momentos que os meus amores debandam,
Há momentos que os meus referenciais se perdem.

Há momentos que o elixir da alegria, simplesmente, escapa dos meus domínios.
Tento, em vão, retomá-lo através das músicas, dos diálogos, dos prazeres, mas é inútil.
Há momentos que meu o “eu”, foge de casa.
Há momentos que as minhas esperanças entregam os pontos.
Há momentos que as minhas gargalhadas, sem anunciação, silenciam. E que os meus olhos, sem permissão, se fecham para novas perspectivas.

Há momentos que o meu coração entra em greve, sem maiores protestos.
Há momentos que meus abraços adormecem, sem grandes culpas.
Há momentos que meus beijos perdem, repentinamente, a essência, o gosto, a magia, a doçura.

Há momentos em que eu não sinto a necessidade de mais nada, pois, já não tenho planos, encantos, saudades ou desatinos.

Há momentos que sinto-me, exatamente, assim: sem alma e sem corpo. Sem essência e sem sexo. Sem som, sem cor, sem vida, sem alegria... e sem nexo!

Gilmara Giavarina

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