domingo, 5 de setembro de 2010

Ciúme... o rival do amor!

Às vezes fico divagando, entre as milhares de hipóteses possíveis, para entender um pouquinho desse sentimento tão indecifrável chamado “ciúmes”. Horas e horas de perguntas, sem ao menos uma única resposta palpável. Sentimento que quando instalado na vida, despeja o amor do coração. Sentimento que além de mascarar a realidade e fantasiar os fatos, é capaz de mover milhares de montanhas em lugares onde elas nem sequer existem.

Acredito que o ciúme é sinônimo de “posse”, e não de união. Acredito que o ciúme vem agregado ao domínio de corpos e não a complementação de almas.

Acredito que o ciúme, numa relação, é sempre um ponto de interrogação, que mais dia, menos dia, terminará com um ponto final. Isso porque ninguém aguenta intercalar, com um ponto e vírgula, cada passo que dá na vida para tentar explicar o que, na maioria das vezes, nem possui explicação.

Percebo que o ciúme é a espera contínua de uma traição, como se ela estivesse pré- determinada para acontecer... um ilusionismo, como uma lente de aumento trabalhando incansavelmente em tempo real.

Eu sempre fui uma pessoa que acreditei no amor, mas depois de um tempo, passei a questioná-lo. Percebo que o amor foi substituído por tantos outros sentimentos. Hoje, a maioria dos corações, dificilmente batem, pois aprenderam a variar o ritmo, conforme a ocasião.

Eu, infelizmente, não consigo mascarar as batidas do meu. O ritmo do meu coração obedece a minha alegria ou o meu desespero. Mas hoje, diante dos fatos, tenho que admitir que o ritmo dessa vida é outro. Os valores são outros. Os amores que eu pensava existir, foram substituídos por cobranças, regras, determinações e imposições, que por mais que me esforce, não consigo entender.

Na minha concepção, amor que aprisiona não é amor...

Amor não é sinônimo de medo, de insegurança, de tristeza, de desespero.

Amor é sinônimo de alegria, de segurança, de liberdade, de vida!

Como justificar o excesso de ciúme pelo excesso de amor?
Como se o verdadeiro amor cobrasse atenção...
Como se o verdadeiro amor tivesse regras para existir...
Como se o verdadeiro amor determinasse a hora de sorrir ou a hora de chorar...
Como se o verdadeiro amor impusesse o único caminho para seguir ou para parar...

Não é esse o amor que eu acredito existir, e é por isso que não acabarei essa crônica com um ponto final, mas com uma reticências, porque eu jamais entenderei como o ciúme, na maioria das vezes, consegue superar o amor...

Gilmara Giavarina

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